sexta-feira, 23 de março de 2012

Itaoeste negocia parceria em minério tálio

Vanessa Dezem e Ivo Ribeiro | Valor Econômico | 01/03/2012 |

(Fonte: clipping da Itaoeste)


O empresário Olacyr de Moraes, às vésperas de completar 81 anos, aposta na mineração como uma nova frente de negócios. Ele está em negociações com três grupos estrangeiros para formar uma parceria de exploração e produção de tálio, um mineral raro na natureza, até agora só extraído como "impureza" de outros metais, principalmente do zinco. Por meio de sua empresa de pesquisa e desenvolvimento mineral, a Itaoeste, criada em 2002, o ex-rei da soja do país espera ainda este ano ter a licença para começar a extrair o metal.

"Estamos confiantes. O tálio é nosso projeto em melhor nível de maturação", afirmou Moraes, em entrevista ao Valor. Descoberta no ano passado, a reserva de tálio em Barreiras, na Bahia, é superior a 60 toneladas em apenas em uma área (704 hectares), que corresponde a apenas 2% de um total de 44 mil hectares pesquisados pela Itaoeste. Hoje, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), o consumo global de tálio está no patamar dos 10 toneladas por ano.

Cotado na faixa de US$ 6 o grama, o tálio é um mineral de alto valor agregado, utilizado em indústrias que adotam tecnologias de ponta. Ele é aplicado como contraste em exames cardiovasculares, em ligas metálicas supercondutoras, além de ser utilizado como material termoelétrico, que gera corrente elétrica pela diferença de temperatura (com uso em motores de veículos, geladeiras e até chips), além de leds, lente, células fotoelétricas e vidros.

Os únicos grandes produtores do metal são China e Cazaquistão. Em 2009, no entanto, a China eliminou benefícios fiscais para exportação e passou a importar, em um movimento para atender a demanda interna. O Cazaquistão está hoje, portanto, na liderança da produção do metal. "A demanda por tálio está reprimida e vai acompanhar o aumento da oferta do metal", disse o diretor de operações da Itaoeste, Carlos Cerri.

Na Bahia, o mineral foi encontrado em uma mina a céu aberto, associado a manganês e cobalto. Nas demais reservas do mundo, no entanto, aparece associado a zinco, chumbo e cobre, geralmente em minas subterrâneas, de alto custo de exploração. "No Brasil, o tálio é aflorante", disse Cerri. Segundo ele, já foi observado o mesmo potencial em toda a área requerida. O tálio será extraído junto com 300 mil toneladas de manganês, próprio para a produção de sulfato (uso na agricultura) e eletrolítico (para ligas especiais).

A Itaoeste admite que tem fôlego para implantar um projeto de produção, que pode ser um primeiro módulo, de 6 a 10 toneladas de tálio mais 30 mil toneladas de manganês ao ano. Para essa fase, teria investimentos de US$ 50 milhões. Com a venda dessa produção, poderia obter faturamento inicial na faixa de US$ 70 milhões a US$ 100 milhões por ano.

A ideia, informou Moraes, é começar a exportar o concentrado (material não refinado) para países como Coreia do Sul, Japão, China e para Europa, até que se tenha a tecnologia de refino. "Vejo a chance de fazer na área de mineração um 'replay' do que fiz no negócio da soja. Fui pioneiro, mas paguei um alto preço", comentou. Se tudo correr como espera, estima que a exploração apenas de desse metal raro poderá gerar US$ 1 bilhão de faturamento.

"Um parceiro aceleraria o processo e seria o ideal, para trazer a experiência do mercado", explicou Moraes. Segundo ele, a companhia domina o processo de extração e separação e aguarda a licença para a lavra do metal, que deve sair antes de um ano. "Quando ganharmos o poder de lavra, começamos a faturar. Até o fim de 2013, vamos começar a beneficiar o metal".

A Itaoeste investe R$ 1,5 milhão por mês em pesquisa e exploração, com recursos, segundo ele, próprios, grande parte provenientes de seus antigos negócios. A empresa tem 200 mil hectares nos Estados de São Paulo, Piauí e Bahia, em jazidas de ferro, cobre, titânio, fosfato, calcário para cimento, granito preto e mármore.

http://www.olacyrmoraes.com.br/clipping-olacyr-de-moraes.php?id=5

terça-feira, 13 de março de 2012

Cabral Mineração investe na Bahia

| Alagoinhas Notícias | Economia | 12/3/2012 |

O governo da Bahia e a empresa Cabral Mineração assinaram, nesta segunda-feira (12), Protocolo de Intenções para a exploração de minério de ferro na região de Brumado, com investimentos estimados no valor de US$ 2,2 bilhões. O projeto inclui a construção de uma unidade no município de Livramento de Nossa Senhora para fabricar concentrado de ferro com capacidade de produção de 15 milhões de t/ano. O mercado chinês será o principal consumidor do produto fabricado no Brasil, utilizado em empresas siderúrgicas para a produção de aço.

A Cabral Mineração é uma subsidiária da empresa australiana Cabral Resources e esse é o primeiro investimento da multinacional fora do seu país de origem. Segundo Bruno Ribeiro, diretor da empresa no Brasil, a escolha do País foi uma combinação de vários fatores. “Levamos em consideração a geologia, o interesse do governo brasileiro, que apoia os investimentos em mineração, e o risco soberano baixo. O Brasil é um país forte e aqui sabemos que nosso negócio está seguro”, afirma Ribeiro.

A unidade, que deve gerar aproximadamente 850 empregos diretos, deve começar a produzir até o final de 2015. A mineradora está prestes a iniciar a fase de sondagens, quando a empresa dimensiona com maior precisão a reserva de minério existente. “Cada protocolo assinado é uma nova aposta na promoção de empregos e no desenvolvimento de uma tecnologia moderna que intensifique o desenvolvimento do Estado”, afirmou o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia.

Quinto produtor brasileiro de bens minerais, a Bahia figura como o principal alvo de requerimentos de pesquisa no País. O Estado possui mais de 350 mineradoras, que geram um volume de quase 13 mil postos de trabalho, dos quais 11,4 mil estão no interior, especialmente na região do semiárido, onde a oferta de emprego é mais escassa.

Outros investimentos

Em Caetité, município no sudoeste do Estado, a Bahia Mineração (Bamin) descobriu uma mina com potencial produtivo de 398 milhões de toneladas de minério de ferro. A empresa é responsável pelo maior investimento individual no Estado: US$ 2,5 bilhões nos próximos três anos. A empresa estima que a produção inicial do projeto, chamado Pedra de Ferro, será de 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, com início das operações a partir de 2014.

A Mirabela Mineração do Brasil, que explora níquel em Itagibá desde 2009, conta com 950 funcionários. A mina Santa Rita, onde a empresa opera, é a segunda maior de níquel a céu aberto no mundo e tem reservas de 159 milhões de toneladas. Esse volume deverá manter a empresa no local pelos próximos 23 anos. Antes da descoberta do níquel na região, a pecuária e o cacau eram as principais atividades econômicas de Itagibá e o município passava por situação financeira difícil. A chegada da mineradora aqueceu a economia local, gerando empregos diretos e indiretos.

Cabral Mineração vai investir US$ 2,2 bi em exploração de minério de ferro na BA
http://www.alagoinhasnoticias.com.br/economia-2/cabral-mineracao-vai-investir-us-22-bi-em-exploracao-de-minerio-de-ferro-na-ba/

sexta-feira, 2 de março de 2012

São Paulo: Frente em Defesa da Mineração

Frente em Defesa da Mineração promoveu reunião na Assembleia Legislativa de São Paulo

| 02/03/2012 |

Nesta quinta-feira (1º de março), reuniu-se na Assembleia Legislativa de São Paulo, a Frente Parlamentar em Defesa da Mineração. Além deles, fizeram parte da mesa que dirigiu os trabalhos os deputados João Caramez, Aldo Demarchi, Ulysses Tassinari e Samuel Moreira.

Houve uma ampla participação de setores envolvidos com a mineração, em especial dos sindicatos das empresas de extração de areia, de insumos para construção civil, da Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer) e representantes do DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral, do IPT, da Secretaria de Energia e da Secretaria do Meio Ambiente.

Ao abrir os trabalhos, o deputado Caramez fez menção a uma das principais conquistas do setor e que se tornou realidade há pouco tempo: a criação da Subsecretaria de Mineração, por meio do Decreto nº 57.394, de 03 de outubro de 2011.

O Subsecretário de Mineração, José Fernando Bruno, lembrou que a mineração é responsável por uma fatia muito importante do PIB estadual, desde a comercialização de água mineral até a extração e refinamento do petróleo.

As discussões tiveram como foco a necessidade de melhor normatização com relação ao licenciamento e a renovação da licença ambiental. Foi levantado o problema de que cada vez que as empresas precisam solicitar o licenciamento ou renová-lo há uma diretriz diferente, o que prejudica seu funcionamento regular. O Subscretário se comprometeu a estabelecer uma interface entre seu órgão e a Secretaria do Meio Ambiente.

O prefeito de Santa Gertrudes, por telefone, comunicou que obtivera em Brasília a notícia de que havia sido liberada pelo Presidente do DNPM a instalação de uma representação do órgão na sua cidade, atendendo a uma reivindicação dos ceramistas da região.

Frente em Defesa da Mineração promoveu reunião na Assembleia
| Canal Rio Claro | 02/03/2012 |

http://www.canalrioclaro.com.br/?pg=noticia&id=7680