sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Setor de petróleo e gás aumenta demanda por geólogos

| Lucas Krempel | A Tribuna de Santos | 11/01/2012 |

Falta mão de obra qualificada para atuar no mercado de geologia no Brasil. Com uma média de 200 a 400 geólogos formados por ano, o País pode ter que importar trabalho de países como Estados Unidos, Austrália, Canadá e África do Sul, para atuar, principalmente, no ramo de petróleo e gás nos próximos anos. O salário inicial para geólogo, nesse setor, pode chegar até a R$ 7 mil.

Para Luiz Ferreira Vaz, fundador do Sindicato dos Geólogos do Estado de São Paulo, o Brasil tem uma demanda reprimida de 500 geólogos, 300 deles voltados para a cadeia de petróleo e gás.

“É a área que mais possui demanda. Hoje temos 2,5 mil atuando no ramo de petróleo e gás e 2,3 mil com mineração, que sempre foi o número um no Brasil. No entanto, o crescimento do primeiro é muito maior que o do segundo”.

Somente na Petrobras, 1.042 geólogos trabalham, atualmente, nas unidades no Brasil. Até 2015, a petrolífera tem a previsão de admitir 17 mil empregados, em diversos cargos. Porém, não existe estimativa do quantitativo de geólogos. As contratações são feitas por meio de processos seletivos.

Juarez Fontana, coordenador do curso de Geologia do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), acredita que não é possível estimar quantos profissionais devem ser contratados, mas tem certeza de que é um número superior a 100 geólogos, na cadeia de petróleo e gás.

“A partir deste ano teremos um aumento significativo nas contratações de geólogos. Para isso se confirmar, é necessário mudar a legislação, que já vem sendo discutida há três anos”, diz.

O geólogo se refere à demora na aprovação de mudanças na legislação, como a questão dos royalties e leilão de novas áreas no pré-sal. “Com a legislação travada, não se discute investimentos e contratações”.

A forte demanda e o baixo número de formados, por ano, faz do geólogo um dos profissionais mais cobiçados pelas empresas dos setores de energia e mineração. A tendência é que continue assim nos próximos anos.

Como funciona

“Petróleo e mineração são independentes da economia. Se a empresa gasta 1 milhão de barris, ela precisa repor isso. Com o minério de ferro é a mesma coisa”
, argumenta Vaz. “Antes de tudo, o geólogo precisa encontrar o petróleo. Somente depois é que as empresas iniciam suas produções”.

Na exploração do petróleo, o objetivo do geólogo é encontrar hidrocarboneto, que pode ser sólido (betume), líquido (petróleo) ou gasoso (gás natural). É a partir desse estudo que o profissional aponta a área com potencial de produção para as petrolíferas.

Fonte: A Tribuna de Santos.
Enviado para a lista Geobahia pelo colega Ulisses Costa.

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